Guia completo de boas práticas sobre segurança e gestão de resíduos de laboratório

A gestão de resíduos de laboratório é um trabalho exaustivo, minucioso e que obriga a cuidados redobrados no processamento. Neste artigo, vamos abordar a importância desta gestão, a que resíduos se aplica, como é feito o tratamento e algumas boas práticas.

 

Compreenda a importância da Gestão de Resíduos de Laboratório

Com o crescimento desmedido do consumo, a produção de resíduos tornou-se um dos maiores desafios mundiais, com consequências diretas na preservação do ambiente. É, por isso, de suma importância que estes resíduos sejam tratados de forma adequada.

O tratamento de resíduos de laboratório é indicado para produtos que um Laboratório precisa eliminar. As empresas de gestão integrada de resíduos são licenciadas para gerir estes resíduos de modo a assegurar um desenvolvimento sustentável, com respeito pelo meio-ambiente e acautelando a saúde pública. 

Se não for possível recuperar ou valorizar os produtos, procura-se controlar a possibilidade de contaminação e minimizar o grau de toxicidade para que os resíduos possam ser tratados sem representar perigo.

Os serviços de gestão de resíduos laboratoriais são indicados para laboratórios de investigação, de análises de água, de universidades ou de indústrias, por exemplo.

 

Que resíduos laboratoriais são tratados em unidades de gestão de resíduos?

O tratamento de resíduos de laboratório é indicado para processar, por exemplo, reagentes obsoletos. Estes são produtos, líquidos ou sólidos, que não cumprem as especificações da respetiva indústria e, por isso, não estão em condições de ser usados. 

São considerados resíduos obsoletos aqueles cujo prazo de validade foi ultrapassado, uma matéria-prima contaminada, artigos danificados, produtos muito antigos, com rótulos ilegíveis, ou cuja fórmula foi melhorada, entre outros.

 

Passo a passo para o tratamento de resíduos de laboratório

Recolha de informação

Numa primeira fase, a empresa produtora contacta a unidade de tratamento. Será feita uma recolha de informação, para determinar os produtos a tratar, realizar o enquadramento de acordo com o código LER, e compilar fichas de dados de segurança, boletins analíticos, entre outros elementos que permitem definir qual é a unidade de tratamento adequada.

 

Colheita de amostra 

Por vezes, é necessário fazer recolha de amostras no local. Para o efeito, um técnico desloca-se às instalações do cliente a fim de fazer a recolha e uma pré-triagem, enquadrada nos parâmetros definidos pelo laboratório.

Depois de ser analisada a amostra no CIRVER e de ser admissível em tratamento e/ou eliminação na instalação podemos oferecer um serviço especializado de acondicionamento no local, pesagem, paletização e filmagem das paletes. Poderá também o técnico proceder à emissão das Guias Eletrónicas de Acompanhamento de Resíduos (eGAR). 

 

Encaminhamento para tratamento

Após a recolha, o material é transportado para a unidade de gestão de resíduos, onde será feita uma nova triagem e uma bateria de análises. Conforme as características reveladas, o resíduo laboratorial é separado e encaminhado para a unidade de tratamento correspondente, que pode ser a Unidade Físico-Química, Unidade de Resíduos Orgânicos, Unidade de Embalagens, Unidade de Combustíveis Alternativos, Aterro, entre outras.

 

Hierarquia de gestão de resíduos 

Para garantir uma economia circular, eficiente na utilização dos recursos, a gestão de resíduos, deve cumprir a seguinte ordem de prioridades:

• Descontaminar os resíduos com o objetivo de viabilizar a posterior reutilização de substâncias, objetos ou produtos;
• Promover a reciclagem dos resíduos;
• Promover a valorização energética;
• Promover o seu tratamento em unidade de tratamento adequada às características dos resíduos;
• Não sendo possível nenhuma das opções anteriores, permitir a deposição em aterro, depois de verificada a estabilização dos resíduos sempre que necessário.

 

Conheça o Serviço de Gestão Integrada de Resíduos

4 Boas práticas para um tratamento de resíduos laboratoriais eficiente

As boas práticas na gestão de resíduos são fundamentais para proteger o meio ambiente e garantir a saúde e segurança dos trabalhadores que lidam com os resíduos, seja nas empresas produtoras de resíduos ou nas responsáveis pelo seu tratamento. 

Classificação adequada da perigosidade

O tratamento dos resíduos é realizado por empresas licenciadas, mas a classificação destes detritos deve começar na origem, pela empresa produtora. Este passo é fundamental para impedir a poluição, contaminação do solo e lençóis freáticos, limitar a produção de odores ou outros danos ambientais, e preservar a fauna e flora.

 

Segregação adequada na origem

Realizada a classificação por perigosidade, deve ser feita, no local de produção dos desperdícios, a separação dos resíduos de acordo com as suas propriedades químicas, físicas, biológicas e radiológicas. A segregação é crucial para a correta gestão dos resíduos, prevenindo acidentes no armazenamento, recolha, transporte e processamento final.

 

Acondicionamento por tipo de resíduo 

Os resíduos devem ser armazenados no local de produção, cumprindo rigorosos cuidados de acondicionamento. Este passo é vital para respeitar a compatibilidade química e prevenir derrames. Eis as precauções a seguir:

• Colocar os resíduos em recipientes resistentes e quimicamente compatíveis;
• Acondicionar cumprindo a respetiva classificação e segregação;
• Fechar bem todas as embalagens;
• Guardar os recipientes em bandejas de contenção para prevenir acidentes;
• Proteger os recipientes de fontes de luz, calor e água.

 

Etiquetar as embalagens corretamente 

De forma a que seja possível efetuar a identificação durante o transporte e receção na unidade de tratamento de resíduos de laboratório, todos os recipientes deverão ser rotulados, indicando:

• Tipo de resíduo;
• Nome do resíduo; 
• Composição qualitativa;
• Frases e Símbolos de Risco e Segurança;
• Volume armazenado;
• Data de armazenamento.

 

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Na gestão de resíduos de laboratório, disponibilizamos um serviço personalizado, focado no conceito chave-na-mão, que inclui a triagem, análise, emissão de documentos, acondicionamento, transporte, segregação e tratamento adequado dos detritos.

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